Gerenciamento dos riscos social, ambiental e climático
No Safra, esses riscos são abordados por meio de sistemas, rotinas e procedimentos que viabilizam a identificação, classificação, avaliação, monitoramento, mitigação e controle dos riscos associados às atividades e operações da instituição.
Entenda a estrutura de Gerenciamento:
Área de Riscos Socioambiental e Climático
Propõe, implementa, monitora e promove melhorias do gerenciamento SAC
Diretoria
Revisa e aprova a PGRSAC, avalia e aprova as práticas de gerenciamento dos riscos SAC, verificando sua aderência à política
Comitê de Gestão dos Riscos Operacionais, Cibernéticos e Prevenção ao Crime Financeiro (CGROC)
Fórum norteador e decisório dos assuntos referentes ao gerenciamento SAC
Comitê Superior de Riscos
Propõe recomendações ao CA e avalia os níveis de apetite aos riscos SAC
Conselho de Administração
Estabelece diretrizes para o gerenciamento SAC, fixa os niveis de apetite aos riscos SAC, revisa e aprova a PGRSAC
Qual a importância da análise socioambiental e climática?
Desde a década de 90, foi entendido mundialmente que a preservação do meio ambiente e da sociedade fortalecem e valorizam os negócios e as operações.
1995
Criação do Protocolo Verde
2014
Criação de Resolução (SARB 14) sobre responsabilidade social e ambiental
2014
Criação de estrutura para dedicação exclusiva aos assuntos socioambientais
2020
Criação da Agenda de Sustentabilidade do Banco Central, firmando o compromisso dos Bancos com o tema
Resoluções vigentes do Banco Central¹
Qual a definição dos riscos?
O Banco Central do Brasil na Resolução CMN nº 4.943 definiu os riscos socioambientais e o Safra adota as definições para as análises.
Riscos Sociais
Ato contra povos ou comunidades tradicionais
• Irregular, ilegal ou criminoso;
• Impacta negativamente esses grupos.
Ato lesivo ao patrimônio
• Afeta patrimônios público, histórico, cultural ou a ordem urbanística;
• Pode ser irregular, ilegal ou criminoso.
Prática prejudicial relacionada a alimentos ou a produtos potencialmente danosos
• Tem impactos negativos na sociedade.
Atividade regular, legal, mas prejudicial à reputação institucional
• Mesmo sendo regular e legal, é considerado lesivo ao interesse comum;
• Impacta negativamente a reputação da Instituição.
Riscos Ambientais
Conduta contra fauna e flora
• Irregular, ilegal ou criminosa;
• Inclui desmatamento e atividades prejudiciais ao meio ambiente.
Poluição do ar, água ou solo
• Irregular, ilegal ou criminosa;
• Envolve o uso inadequado dos recursos naturais.
Descumprimento de condicionantes ambientais
• Relacionado ao não cumprimento das condições estabelecidas em licenciamentos ambientais.
Desastre ambiental por intervenção humana
• Resulta de ações humanas prejudiciais ao meio ambiente.
Atividades legal, mas prejudicial à reputação institucional
• Regular e legal, mas impacta negativamente a reputação devido à degradação ambiental.
Risco Climático Físico
Condições climáticas extremas
• Inclui seca, inundação, enchente, tempestade, ciclone, geada e incêndio florestal.
Alterações ambientais permanentes
• Aumento do nível do mar, escassez de recursos naturais, desertificação;
• Mudanças duradouras nos padrões pluviais e de temperatura.
Risco Climático Transição
Alterações na legislação, regulamentação ou atuação governamental
• Relacionadas à transição para economia de baixo carbono;
• Tem impacto negativo na instituição.
Inovação tecnológica na transição para baixo carbono
• Associada a avanços tecnológicos nesse contexto;
• Tem impacto negativo na instituição.
Alterações na oferta ou demanda de produtos e serviços
• Ligadas à transição para economia de baixo carbono;
• Tem impacto negativo na instituição.
Como mitigamos os riscos no Safra?
A nossa jornada para mitigar riscos
Início de operação
Análise de risco
Mitigação dos riscos
Formalização do comprometimento/contrato
Negócio responsável
Através da mitigação dos riscos socioambientais e o comprometimento das partes
Nossas principais bases públicas de consulta
As buscas ocorrem a partir dos seguintes bancos de dados, de acordo com cada temática:
As perdas decorrentes de eventos climáticos²
Destacam-se as consequências ambientais de eventos climáticos, manifestando-se em perdas financeiras como aumento do custo operacional das indústrias, colheitas perdidas e outros prejuízos nos bens e serviços negociados.
Perdas financeiras aumentam o risco de crédito e poderiam derivar em inadimplência.
Setores
Energia³
Riscos social, ambiental e climático associados ao setor
• Perda da biodiversidade;
• Mudança do uso do solo;
• Áreas de preservação ambiental;
• Impactos negativos na fauna e flora.
• Saúde e segurança do trabalhador;
• Trabalho análogo a escravo;
• Trabalho infantil;
• Exploração sexual.
• Disponibilidade de recurso hídrico;
• Competição pelo uso da água;
• Lançamento de água e efluente em corpo hídrico de forma inadequada.
• Impactos negativos para as comunidades ao entorno do empreendimento;
• Impacto negativo para a população tradicional.
• Alteração do padrão de chuvas;
• Alta emissão de gases de efeito estufa.
• Grande geração de resíduos;
• Por vezes, geração de resíduos perigosos, que pode resultar em áreas contaminadas.
Da implementação à operação de plataformas de extração de óleo, usinas de carvão e geradores de energia (hidrelétrica, solar, eólica, biomassa etc.), diversos riscos podem surgir.
Ao analisar operações e empresas, é importante entender a alocação de recursos e os riscos associados, bem como as estratégias de mitigação adotadas pela empresa.
Em 2021, 44,7% de oferta interna de energia no Brasil foi de fontes renováveis, enquanto 55,3% foram provenientes de fontes não renováveis. A diminuição de fontes renováveis é atribuída a escassez hídrica, já que as hidroelétricas continuam sendo uma parte significativa da energia renovável do país.
Em relação ao consumo energético no país, os setores de indústria e transporte abrangendo carga e passageiros, representam 65% do total.
Em 2021, as emissões de CO2 associadas à matriz energética brasileira totalizaram 445,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
Mineração⁴
O setor de mineração, historicamente significativo para o Brasil, contribuiu com 4% do PIB em 2022, mas requer um gerenciamento adequado dos impactos socioambientais, desde a pesquisa de lavra até a desativação da área.
As reservas geológicas no Brasil concentram-se principalmente na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Na instalação e operações de minas, ocorre a supressão de vegetação, alterações na qualidade da água e solo, competição por recursos hídricos, aumento de ruídos e emissões atmosféricas devido ao tráfego de caminhões.
Os biomas abrigam populações tradicionais, apresentando riscos sociais, operacionais (manifestações causando atrasos) e de reputação para mineradoras quando não há intenção adequada com a comunidade.
Na análise de risco, é importante avaliar o ambiente circundante da mineradora, identificar áreas afetadas, além de observar as medidas protetivas e mitigadoras adotadas pela empresa.
Garantir conformidade com a legislação, incluindo estudos socioambientais, licenças, outorgas, programa de recuperação de área degradada (PRAD), e alinhamento com as Normas Regulamentares, é fundamental para aprovação pelos órgãos competentes.
Agricultura⁵
Setor de baixa emissão de gases de estufa, dependente de qualidade da água para a sua operação e vulnerável a eventos climáticos extremos, podendo resultar em perdas de safra, bens e produção devido a alagamento ou secas.
Na agricultura, há impactos diretos ou indiretos. Nos indiretos, o fornecedor é o principal ponto de atenção, pois resulta na corresponsabilização de desmatamento ilegal, direitos humanos, embargo. Já nos diretos, o foco é direcionado em desmatamento ilegal, embargos, direitos humanos e a conformidade legal, como a posse do Cadastro Ambiental Rural (CAR), licenças ambientais quando aplicáveis, outorga de uso de recurso hídrico, preservação das áreas de proteção e o gerenciamento dos resíduos e dos defensivos agrícolas são exemplos.
Em 2022, o setor agrícola liderou o resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, conforme o Radar SIT. Quanto ao trabalho infantil, a produção de lavouras temporárias e permanentes ocupou o segundo e terceiro lugar nos números de resgates.
Além das conformidades socioambientais, o Banco Central do Brasil estabeleceu o Manual de Crédito Rural como requisito. O Safra, associado à Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), segue as diretrizes da Autorregulação da FEBRABAN, sendo obrigatório cumprir suas disposições.
Pecuária⁶
A pecuária gera impactos socioambientais diretos e indiretos, especialmente na cadeia de fornecedores e origem dos insumos. Os principais riscos incluem a regularização legal, perda de biodiversidade pela conversão de floresta em pastagem, consumo de água em todas as fases, e considerações sobre o bem-estar animal relacionadas a rastreabilidade, alimentação, transporte e abate.
O setor é significativo para o PIB nacional e está vinculado às mudanças climáticas, devido à mudança de uso do solo e as emissões de gases de efeito estufa.
Por vezes, essas áreas ficam próximas às populações tradicionais. Sendo assim, é necessário avaliar se haverá algum impacto.
A criação de animais contribui para as emissões de gases de estufa, tanto na digestão quanto na abertura de pastagem. Em avaliações de risco, é fundamental garantir conformidade legal e considerar práticas benéficas para o pasto e a saúde animal por parte dos clientes.
Papel e Celulose⁷
O Brasil é o segundo maior produtor e principal exportador de celulose global. Na produção de papel, mantém-se entre os dez maiores produtores. O setor demonstra evolução contínua, incorporando práticas como aproveitamento de lixívia para energia, avanços no manejo de cultivo e adaptação à Indústria 4.0.
Na produção de papel e celulose, há várias interações químicas, portanto os funcionários devem estar treinados e utilizando os devidos equipamentos de proteção individual (EPI) para monitorar a produção. A manutenção regular das estruturas da empresa, é essencial para prevenir acidentes ocupacionais.
Na produção, espera-se:
• Manter licenças e outorgas atualizadas para evitar paralisação;
• Controlar chaminés, efluentes e resíduos para prevenir poluição na comunidade;
• Assegurar disponibilidade hídrica, evitando competição com consumo humano e contaminação ambiental.
No cultivo, é essencial:
• Manter o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e os documentos regularizados;
• Preservar áreas de proteção ambiental para evitar a perda de biodiversidade;
• Controlar incêndios;
• Gerir conflitos pelo uso da terra;
• Realizar uma gestão adequada do uso de recursos hídricos.
Conheça mais
Confira a Política de Gerenciamento dos Riscos Social, Ambiental e Climático (PGRSAC).
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AcessarPrêmio Atendimento ABRAREC 2021
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¹Banco Central do Brasil. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/bchashtag. Acesso em maio de 2023.
²UNFCCC - Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC). Loss and damage – online guide. https://unfccc.int/wim-excom.Acesso em maio de 2023.
³EPE - Empresa de Pesquisa Energética. Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt. Acesso em maio de 2023.
⁴Financial Institutions: Resources, Solutions and Tools. Disponível em: https://firstforsustainability.org/. Acesso em maio de 2023.
⁵MapBiomas. Disponível em: https://mapbiomas.org/area-ocupada-pela-mineracao-no-brasil-cresce-mais-de-6-vezes-entre-1985-e-2020. Acesso em junho de 2023 e Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil (Radar SIT). Disponível em: https://sit.trabalho.gov.br/radar/. Acesso em maio de 2023.
⁶IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agropecuária. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/. Acesso em maio de 2023 e IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Disponível em: https://www.ipcc- nggip.iges.or.jp/public/2006gl/pdf/4_Volume4/ V4_01_Ch1_Introduction.pdf. Acessado em junho de 2023.
⁷CEPI - Confederation of European Paper Industries. Disponível em: https://www.cepi.org/. Acesso em junho de 2023.
IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Disponível em: https://www.ipcc- nggip.iges.or.jp/public/2006gl/pdf/4_Volume4/ V4_01_Ch1_Introduction.pdf. Acessado em junho de 2023.
Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil (Radar SIT). Disponível em: https://sit.trabalho.gov.br/radar/. Acesso em maio de 2023.
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