Depois de uma série de marcas negativas nos últimos dias, enfim tivemos um recorde positivo ontem. A possibilidade de um acordo entre Rússia e Arábia Saudita fez os preços do petróleo saltarem mais de 20%, maior ganho diário da série histórica.

A possibilidade de um acordo foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Arábia Saudita convocou uma reunião emergencial da Opep com outros países para discutir o assunto. Em comunicado, a organização acenou a favor da possibilidade de restaurar um equilíbrio no mercado. Esse movimento fez as bolsas encerrarem em alta. Aqui no Brasil, o Ibovespa subiu 1,8%, aos 72,2 mil pontos.

Veja abaixo o Morning Call desta sexta-feira.

Apesar da alta expressiva, os preços do petróleo seguem fracos no mundo todo, observa nossos estrategista Jorge Sá. O valor do barril está abaixo do nível de US$ 30 dólares, o que é visto pelo mercado como um nível crítico para as atividades das empresas petrolíferas.

Depois do coronavírus, o colapso do petróleo foi o assunto que mais trouxe volatilidade aos mercados em março. A possibilidade de um acordo reduz um dos fatores de incerteza do cenário econômico internacional.

Essa perspectiva otimista ofuscou mais um recorde no seguro-desemprego nos Estados Unidos. Por lá, os novos pedidos chegaram à marca de 6,6 milhões na semana passada.

Nem mesmo a projeção mais pessimista do mercado projetava um avanço dessa magnitude. Nas duas últimas semanas, aproximadamente 10 milhões de americanos já solicitaram o auxílio. 

Hoje pela manhã, foram divulgados novos dados de desemprego para março. Os EUA registraram uma destruição de 701 mil postos de trabalho no mês passado, o pior número em mais de uma década e mais que o dobro do projetado pelo mercado. A taxa de desemprego avançou de 3,5% em fevereiro para 4,4% no mês passado. 

Um milhão de infectados

Ontem também tivemos mais uma marca importante. A Universidade John Hopkins, que tem compilado dados do avanço da pandemia, anunciou que 1 milhão de pessoas já foram infectadas pelo coronavírus ao redor do mundo. O número de mortos supera os 50 mil. Os países mais afetados são Estados Unidos, Itália e Espanha, todos com mais de 100 mil casos confirmados. 

Para entender melhor esse quadro e as perspectivas da crise de saúde no Brasil, conversamos ontem com o diretor geral do Hospital Sírio Libanês, Paulo Chapchap. Você pode conferir aqui o conteúdo na íntegra.

Projeção para a Bolsa

Nesta semana comentamos sobre a nova projeção de nossa Corretora para a Bolsa. A expectativa agora é que o Ibovespa encerre o ano aos 97 mil pontos, contra uma pontuação que atualmente está próxima dos 72 mil pontos.

Apesar de acreditarmos que o curto prazo continuará a ser marcado por incertezas e volatilidade, enxergamos boas oportunidades em empresas sólidas quando olhando mais à frente.

Nesse sentido, o time de análise da nossa Corretora preparou vários materiais com as nossas recomendações. O mais recente deles é um relatório com as ações preferidas dos nossos analistas para cada setor. E, para quem busca ir além de oportunidades específicas e quer sugestões de portfólios já estruturados de modo equilibrado, também foram divulgadas duas carteiras recomendadas: uma de ações e outra de dividendos, que tem um perfil mais defensivo.

Sabemos que os investimentos em ações envolvem oportunidades e riscos. Por isso, esse movimento é indicado para os investidores que tenham planejamento de médio a longo prazo e que têm perfil de risco adequado. 

Diversos outros tipos de produtos também podem ser adequados para quem deseja participar do mercado de ações com outros níveis de risco: existem os COEs com capital protegido, onde o investidor participa de parte da alta da bolsa com a preservação do seu valor inicial investido, e os fundos multimercados.