Os mercados financeiros ignoraram um significativo pacote de estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em acordo com demais bancos centrais, anunciado na noite de domingo, e registraram fortes perdas em todo o mundo.

O comportamento dos investidores foi resultado de uma reavaliação dos impactos do coronavírus na economia global. Isso porque são muitas as consequências econômicas das medidas de restrição que estão sendo impostas em diversos países.

As primeiras estimativas desses impactos começam a sair, e com isso cresce a convicção de que principalmente o primeiro semestre sofrerá um impacto relevante. Ontem, por exemplo, o banco americano Goldman Sachs, cortou a projeção de crescimento da economia dos Estados Unidos de 1,2% para 0,4%.

O presidente Donald Trump declarou que a pandemia pode se estender por meses e levar o país a uma recessão econômica. Alertas semelhantes têm sido feitos ao redor do mundo por outras autoridades.

Por aqui, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que vai injetar mais de R$ 147 bilhões na economia nos próximos três meses para fazer frente aos impactos do coronavírus. As medidas serão direcionadas principalmente para a população mais vulnerável e para a manutenção de empregos, além de combater a pandemia.

No entanto, acreditamos que a volatilidade nos mercados deve continuar enquanto o Ocidente continuar se deparando com aumento significativo de novos casos.

Confira abaixo a explicação de nosso estrategista Jorge Sá.

Seguimos acompanhando desde cedo os mercados internacionais para ter um direcionamento de como será o início dos negócios no Brasil.

Os primeiros sinais nesta terça-feira são mistos. As bolsas europeias registram queda em torno de 2%, enquanto os contratos futuros de índices americanos oscilam entre ganhos e perdas próximos da estabilidade.