A primeira semana de maio foi positiva tanto no Brasil, quanto no exterior. Por aqui, o Ibovespa voltou aos 122 mil pontos pela primeira vez em quase quatro meses, e o dólar teve queda semanal perto de 4%, se aproximando do nível de R$ 5,20.

Lá fora, o índice americano S&P 500 e o europeu Stoxx 600 elevaram novamente seus recordes na sexta-feira.

O movimento foi influenciado por dados oficiais nos Estados Unidos, onde a taxa de desemprego subiu para 6,1% em abril, enquanto foram abertos 266 mil postos de trabalho. Os números não vieram tão positivos quanto se esperava, mas a leitura que prevaleceu no último pregão é que isso reduz as chances de um aperto monetário antecipado por lá.

Na visão do Safra, a tendência da atividade e do emprego nos Estados Unidos continua sendo de expansão, mas essas oscilações de curto prazo reforçam nossa projeção de que a redução de estímulos deve ser anunciada pelo BC americano somente em setembro, começando a ser implementada apenas em janeiro do ano que vem.

Aqui no Brasil, a queda nas vendas do varejo em março foi menos acentuada do que o esperado. O recuo de 0,6% ante fevereiro deixou o setor levemente abaixo do patamar pré-pandemia. O principal impacto negativo veio do segmento de móveis e eletrodomésticos.

E a agenda desta segunda-feira é menos movimentada, mas a semana que se inicia deve trazer novas informações importantes sobre a economia brasileira e americana.

Entre os destaques dos próximos dias, o IBGE irá revelar a leitura do IPCA em abril, bem como o desempenho do setor de serviços em março. Já o Banco Central informa o último resultado do IBC-Br, índice que apresenta uma aproximação do PIB em base mensal.

Quanto ao calendário corporativo, estão previstos os resultados financeiros de grandes empresas, como Petrobras, Suzano, JBS e Magazine Luiza.

No exterior, vamos acompanhar os dados de inflação, indústria e comércio nos Estados Unidos referentes ao mês passado.