A ômicron irá dividir os holofotes com as decisões dos principais bancos centrais do mundo ao longo da semana.

Nos Estados Unidos, o mercado monitora se o Fed irá oficializar o tom mais duro exibido em discursos de alguns dirigentes, mesmo diante do surgimento da nova variante do coronavírus.

Já o Banco da Inglaterra deve fornecer mais informações sobre o aumento de juros que parte do mercado prevê para o início do ano que vem.

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Em relação ao Banco Central Europeu, o foco está no programa emergencial de compra de ativos, previsto para acabar em março.

Aqui no Brasil, o Banco Central, após elevar a Selic para 9,25% ao ano, irá divulgar documentos que podem ajudar a definir a trajetória da política monetária no país.

Serão conhecidos ainda dados oficiais sobre a atividade em novembro nas duas maiores economias do planeta, bem como números preliminares referentes a dezembro.

Veja a seguir o que acompanhar nos próximos dias.

Segunda-feira: Focus

O Relatório Focus abre a semana com as expectativas do mercado para a economia brasileira. Destaque para as projeções de IPCA e Selic, após a última decisão de política monetária do Banco Central.

Terça-feira: Ata do Copom

O IBGE divulga o desempenho do setor de serviços no mês de outubro. O Safra espera que o volume caia 1,1% na comparação com setembro.

Já o Banco Central apresenta a Ata do Copom. O documento deve ser analisado de perto pelo mercado, pois pode esclarecer o tom mais duro do que esperado na última reunião, que indicou um novo aumento de 1,5 ponto porcentual na Selic em fevereiro.

No exterior, temos o resultado da indústria na Zona do Euro em outubro. Sobre novembro, saem o índice de preços no atacado dos Estados Unidos, e, à noite, os dados de produção industrial e vendas varejistas na China.

Quarta-feira: Fomc

Todas as atenções se voltam para a decisão de política monetária do Federal Reserve. A expectativa do mercado recai sobre uma eventual aceleração na retirada de estímulos pelo banco central americano.

Além do discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, são aguardadas as projeções dos dirigentes para a trajetória dos juros de referência no país.

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Na frente de indicadores estão as vendas de varejo nos Estados Unidos em novembro, mês de Black Friday. Outro ponto de atenção é a inflação do Reino Unido no mesmo mês.

Aqui no Brasil, temos o IBC-Br, considerado uma aproximação do PIB em base mensal. O Safra prevê contração de 0,5% em outubro.

Quinta-feira: BCs na Europa

No dia seguinte à decisão do Fed, o destaque vai para as decisões do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu.

Os eventos são bastante aguardados, pois podem definir a posição dos dirigentes diante do nível elevado da inflação e do aumento de casos de Covid no continente.

Nos Estados Unidos, saem os dados de produção industrial em novembro.

Outra frente importante são os números preliminares de atividade levantados pela Markit sobre algumas das principais economias do planeta em dezembro.

Aqui no Brasil, o Banco Central divulga o último Relatório de Inflação do ano, trazendo as estimativas da instituição não apenas para o comportamento dos preços, mas também para variáveis importantes como o PIB do país.

E estão previstos, pela manhã, balanços de FedEx, Accenture e Adobe.

Sexta-feira: Inflação europeia

A semana se encerra com a leitura final de inflação na Zona do Euro em novembro. A prévia mostrou alta anual de 4,9%, bem acima da meta de 2% na região.

Já o instituto alemão Ifo publica o seu o índice de confiança empresarial referente ao mês de dezembro.