Grande parte dos investidores brasileiros vem ouvindo nos últimos quatro anos variações de um mesmo conselho: com a queda dos juros, é preciso buscar retornos fora da renda fixa.
Ainda que possa ser repetitiva, a recomendação é certeira. Se em 2016 era possível obter ganhos consideráveis com investimentos atrelados a uma Selic de mais de 14% ao ano, hoje a taxa básica de juros do país mal consegue recompor a inflação.
Nesse cenário, um dos principais destinos para os recursos retirados da renda fixa foi a Bolsa brasileira. Essa migração, não faz tanto tempo, gerava mais alegrias do que sustos. Isso porque o ganho acumulado pelo Ibovespa no ano de 2016 foi de 39%, em 2017 foi de 27%, em 2018, de 15%, e no ano passado, 31%.
A crise do coronavírus ensinou, no entanto, que a renda variável não se mexe apenas para cima. Um mês depois de atingir a máxima histórica no começo de 2020, próximo de 120 mil pontos, o principal índice de ações do país iniciou uma sequência de tombos que o levou para perto dos 60 mil pontos em março, quando o mercado financeiro foi mais afetado pela pandemia de Covid-19.
Mas o aprendizado não parou aí. Após atingir o fundo do poço, o Ibovespa deu início a uma das retomadas mais rápidas da sua série, recuperando a maior parte dos prejuízos daqueles investidores que não venderam suas ações no momento mais agudo da crise.
A disciplina foi ainda mais recompensada agora em novembro, diante da alta de praticamente 16% do Ibovespa, o melhor resultado para um mês em quase cinco anos.
Como investir em renda variável?
É por ter potencial para ganhos dessa magnitude que a renda variável deve estar presente no portfólio de investidores de todos os perfis.
Para dar ideia da diferença, a Selic no nível atual demoraria sete anos e meio para alcançar o resultado nominal obtido pelo Ibovespa apenas em novembro.
Já uma NTN-B (título público atrelado à inflação) de vencimento mais curto precisaria ser carregada por cinco anos para acumular um retorno real nesse nível.
Mas vale destacar que comprar ações na Bolsa não é o único caminho para elevar o potencial de retorno dos investimentos. Leia aqui o terceiro e-book da nossa série Primeiros Passos para descobrir que há alternativas na renda variável voltadas a diferentes perfis e objetivos.
Vamos mostrar, por exemplo, que dos multimercados aos produtos dedicados exclusivamente ao mercado acionário, os fundos de investimento podem trazer uma gestão ativa com níveis distintos de risco.
Falamos um pouco também dos fundos imobiliários, classe que será o único assunto do nosso quarto e-book, a ser divulgado nos próximos dias. E quem ainda não leu nossos outros e-books pode conferir aqui o primeiro, e aqui o de renda fixa.
Aliás, quando se fala em Ibovespa, você sabe o que está por trás do comportamento do índice? Simples, ele reflete o desempenho das principais ações negociadas no Brasil, que atualmente são destas empresas: