O Ibovespa e o real caminharam na contramão do mercado internacional nos últimos dias.
Com a deterioração da percepção de risco dos investidores para as contas públicas brasileiras, o índice de ações chegou a marcar queda de 10% na semana, operando abaixo dos 103 mil pontos pela primeira vez em quase um ano.
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O movimento defensivo arrefeceu na tarde de sexta-feira, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que não deixaria o comando da pasta, acrescentando que não pretende alterar o arcabouço fiscal do país, apesar das mudanças no teto de gastos que tramitam na PEC dos Precatórios.
Guedes ainda anunciou o economista Esteves Colnago, que foi ministro do Planejamento no governo do ex-presidente Michel Temer, para o lugar de Bruno Funchal à frente do Tesouro.
Com isso, o Ibovespa limitou a sua queda semanal a 7,3%, aos 106,3 mil pontos. O dólar, por sua vez, terminou com alta de 3,2% na semana, cotado a R$ 5,63.
A moeda americana operou acima de R$ 5,75 no momento mais agudo de aversão a risco.
Recorde nos EUA
Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 emplacou sete sessões seguidas de alta, alcançando seu recorde histórico de pontuação.
O índice passou por uma correção na sexta-feira, mas sustentou mesmo assim um ganho semanal de 1,6%.
Isso porque os temores com a retirada de estímulos monetários por lá têm dado lugar ao otimismo com os bons resultados reportados pelas companhias.