Na semana passada, apesar da retração de 0,45% do principal índice de ações da Bolsa, o Ibovespa, na sexta-feira, o índice acumulou ganhos de 3,7% nos últimos dias, encerrando uma série de cinco semanas consecutivas no negativo. Já o dólar comercial terminou o dia em queda de 1,11%, cotado a R$ 5,53, alcançando na semana desvalorização de 2,5% frente ao real.

Confira os principais assuntos do mercado financeiro no Morning Call:

Mercados internacionais

O movimento do Ibovespa na semana passada seguiu de perto a alta nos Estados Unidos, onde as ações avançaram na expectativa de um avanço no pacote trilionário de estímulos à economia. O tema deve continuar no radar nesses próximos dias.

Ainda nos Estados Unidos, hoje marca o início da temporada de resultados das empresas no terceiro trimestre. Esse é o período que marca um afrouxamento nas medidas de distanciamento social, então será importante analisar como as empresas se comportaram.

Também seguimos atentos aos desdobramentos da eleição presidencial americana.

E enquanto o mercado brasileiro esteve fechado ontem, o dia foi de ganhos nos mercados financeiros ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice S&P 500 encerrou com forte alta de 1,6%, em movimento liderado pelas empresas de tecnologia.

Agenda da semana

No Brasil, para esta semana a agenda de indicadores econômicos é mais leve.

Destaque para a pesquisa mensal de serviços em agosto, que será divulgada amanhã pelo IBGE, e para o IBC-Br de agosto, também conhecido como “prévia do PIB”, que será divulgado pelo Banco Central na quinta-feira.

Projeção para inflação

A inflação continua surpreendendo. Na sexta-feira, o IBGE divulgou que o IPCA de setembro avançou 0,64% sobre agosto. Esse é um resultado bem acima do projetado pelo mercado e pelo nosso time de Macroeconomia, que estimava uma alta de 0,52%.

Diante desse número, nossos especialistas revisaram a projeção de inflação para este ano, elevando de 2,5% para 2,8%. Para o próximo ano, no entanto, a estimativa continua em 3,1%.

Apesar disso, uma inflação de 2,8% continua a caracterizar um comportamento benigno dos preços. Vale lembrar que o IPCA continua distante da meta de inflação do Banco Central, que é de 4% para este ano.