O Ibovespa passou ontem por uma sessão de realizações, após subir por dois dias seguidos. O índice caiu 1,22% e fechou aos 100.553 pontos. Já o dólar comercial encerrou o dia em queda de 1,16%, cotado a R$ 5,32.

A principal notícia veio da China, onde o PIB em base anual cresceu 3,2% no segundo trimestre, contra o mesmo período do ano anterior. Embora, o resultado tenha superado as expectativas, o mercado de ações da China fechou com a maior queda desde o início de fevereiro.

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Uma das fontes de frustração foram as vendas no varejo, que registraram a quinta queda seguida no mês passado, sinalizando que a demanda das famílias chinesas ainda não ganhou tração, ainda que as medidas de isolamento tenham sido relaxadas. Por outro lado, a indústria foi um destaque positivo, ao subir pelo terceiro mês consecutivo em junho.

Economia americana

Nos Estados Unidos também foram publicados dados importantes. O comércio por lá conseguiu uma alta de 7,5% nas vendas em junho ante maio. Na quarta-feira, o Fed já havia mostrado que a indústria americana subiu 5,4% no mês passado. Os dois resultados vieram acima das expectativas, mas o otimismo é limitado pelo temor de que a volta das restrições aos negócios tire força da recuperação dos setores.

Impacto da pandemia

O IBGE divulgou ontem números que ajudam a dar contornos mais reais aos impactos da crise do coronavírus na economia. Segundo uma pesquisa inédita do instituto na primeira quinzena de junho, a pandemia provocou o fechamento temporário ou definitivo de quase  523 mil empresas no país. Desse número, mais de 99% eram de pequeno porte, com até 49 empregados. Na divisão por setores, quase metade eram negócios de prestação de serviços.

O levantamento estima ainda que uma em cada três empresas em funcionamento naquele período precisou reduzir o número de funcionários em relação ao que tinha no início de março.